O Projeto Valorização de Nascentes Urbanas do Ribeirão Arrudas, realizado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), promoveu, entre os dias 8 e 12 de novembro, a Oficina de Cinema e Águas Urbanas, na sede da entidade. Os participantes foram introduzidos à história do cinema e discutiram como as imagens podem levar informação a um determinado público. Agora, eles irão se preparar para a produção de vídeos em quatro nascentes do Ribeirão Arrudas: Diamante, Havaí, Santa Lúcia e Sabará.

Na capacitação, o cineasta e arte-educador, Gustavo Jardim, apresentou aos alunos cenas de filmes produzidos por diretores renomados, explicando algumas técnicas e despertando um olhar artístico no público. Segundo Jardim, o objetivo do projeto é desenvolver quatro filmes de 30 segundos que retratem os cuidadores de nascentes. “Optei por estudar o cinema experimental, de intervenção, que pode ser usado a performance ou o enquadramento como uma forma de recortar algo que não está sendo visto. São algumas estratégias desse cinema experimental, que é feito em cima do acontecimento, do real”, comentou.

Para a estudante de engenharia civil Sofia Corradi, o cinema pode levar a informação de forma mais artística. “O cinema é um meio de comunicação muito forte, já que atinge muitas pessoas de forma artística e criativa. Fazendo um bom uso do recurso é possível levar a informação do que está realmente acontecendo”, declarou a participante.

O arte-educador reforçou, ainda, que ao fim do curso os alunos podem fazer uma representação do real de forma artística. “Todos eles [alunos] têm algum tipo de envolvimento com as águas, então, a minha expectativa é que eles alinhem a preservação com a questão artística que estou propondo”, disse.

A professora e pesquisadora de Permacultura, Ângela Guerra, que acompanha os projetos desenvolvidos pelo CBH Velhas, acredita que a linguagem utilizada leva a informação de forma abrangente. “As atividades desenvolvidas pelo CBH Velhas contribuem para a minha pesquisa de Permacultura e acredito que essa oficina vai contribuir ainda mais, já que é uma técnica que leva informação até as pessoas que não estão ligadas ao meio hidroambiental”, contou.

Além do assunto abordado, houve uma contextualização e introdução da gestão dos recursos hídricos no Brasil, sobre a Unidade Territorial Estratégica (UTE) do Ribeirão Arrudas, a atuação do CBH Rio das Velhas e do Subcomitê local e, finalmente, a proposição, contratação e execução dos Projetos Hidroambientais.

Os filmes que serão produzidos vão ser apresentados no Seminário de encerramento do projeto, que ainda não tem data definida.


Veja as fotos da oficina:

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O território

A UTE Ribeirão Arrudas localiza-se no Alto Rio das Velhas e é composta pelos municípios de Belo Horizonte, Contagem e Sabará. A unidade possui uma área de 228,37 km² e sua população chega a quase 1,2 milhões de habitantes. Os principais cursos d’água desta UTE são o Ribeirão Arrudas, Córrego do Barreiro, Córrego do Jatobá e Córrego Ferrugem.

 

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