O CBH Rio das Velhas (Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas), em parceria com o Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Onça, inaugurou na manhã de dessa quinta-feira (25/05), obras de melhoria e revitalização em Nascente no Parque do Brejinho, em Belo Horizonte. A nascente revitalizada faz parte da microbacia do Córrego São Francisco, que pertence à Bacia do Ribeirão Onça. Essa é a nona nascente do Ribeirão Onça que recebe obras de melhoria dentro do Projeto de Valorização de Nascentes Urbanas.
Na Nascente foram realizados serviços de limpeza, plantio de espécies nativas, identificação de área e construção de passarela. Também foram realizados trabalhos de mobilização e sensibilização junto à comunidade que mora no entorno do Parque e com crianças da Escola Municipal Aurélio Pires.
No início da programação, os presentes fizeram uma roda de conversa sobre a história do Parque e caminharam na área planejada para a implantação do Parque Ecológico do Brejinho.
Márcio Lima, conselheiro do Subcomitê Ribeirão Onça fala sobre o projeto. “A iniciativa de revitalizar as nascentes situadas no Ribeirão nasceu a partir do sonho de várias pessoas em querer preservar as águas de forma descentralizada. Assim, por meio de atuação do Subcomitê Ribeirão Onça, aconteceu o cadastramento de 163 nascentes e depois criamos formas de revitalizar e valorizar as minas d’água e os cuidadores das mesmas. O projeto de Valorização de Nascentes Urbanas na Bacia Hidrográfica do Ribeirão Onça foi o primeiro passo para a concretização desse sonho”.
Valorização – O projeto de Valorização de Nascentes Urbanas é desenvolvido pelo CBH Rio das Velhas, a partir do Subcomitê Ribeirões Arrudas e Onça. Em 2012, foi realizado um trabalho de cadastramento de 345 nascentes das duas bacias e, no ano passado, nove delas foram selecionadas para um processo de revitalização, entre elas a nascente do Parque do Brejinho, última beneficiada.
Parque Ecológico Brejinho
As líderes comunitárias, Jane Boaventura e Dalva Lara, contam que a localidade possui uma história de desmatamento, de trabalho e de conquistas. A história começa com a construção de estradas, de empresas e condomínios que invadiram a área do brejo para o desenvolvimento urbano. Porém, como em muitos casos de ocupação, esse desenvolvimento não levou em conta as questões ambientais e nem a preservação de várias nascentes do brejo.
Em 1997, em prol da conservação da área do brejo, hoje conhecida como Brejinho, a comunidade começou a lutar para a construção do Parque Ecológico. A área demarcada para a realização do Parque Ecológico Brejinho situa-se na região da Pampulha, em Belo Horizonte. O projeto de implantação é uma iniciativa dos moradores e ambientalistas da região que sonham com uma área preservada em prol das nascentes contribuintes do Córrego São Francisco e pela obtenção de um espaço de lazer e socialização.
O projeto para a realização do Parque iniciou-se em 2006, e foi contemplado com uma verba de R$ 2,25 milhões, do Orçamento Participativo Digital. Porém, até hoje o Parque não foi consolidado e as obras que foram realizadas pela prefeitura na região estão em estado de depredação e abandono. Nesse contexto, Márcio Lima, integrante do Subcomitê Ribeirão Onça, defende que a comunidade não deve depender do poder público para utilizar o espaço do Parque. “Esse Parque existe, não por força de uma legislação que a determinou, mas sim pela força da comunidade”, destacou.
O Córrego São Francisco faz parte da Bacia do Córrego Engenho Nogueira, que faz parte da Bacia do Ribeirão Onça.
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