O Jubileu do Peixe que acontece no povoado de Cemitério do Peixe, pertencente ao município de Conceição do Mato Dentro, será realizado entre os dias 17 e 20 de agosto.

Também conhecido como vila-cemitério, o local é formado por uma única igreja e um cemitério, que dá nome ao lugar. Há também um conjunto de casas, cerca de duzentas, todas caiadas e de simples construção que dão um tom de mistério.

Com relação à igreja, devota a São Miguel Arcanjo, conta com poucas missas. E nesses dias de celebração, o lugarejo se transforma em espaço de romaria, um Jubileu de pedidos, agradecimentos e louvor.

As casinhas, caiadas na época da comemoração santa, permanecem fechadas e desocupadas ao longo do ano, sendo utilizadas apenas durante o Jubileu, que acontece no mês de agosto. Na parte debaixo do povoado, mora Carlota de Oliveira Brandão, conhecida como Dona Lotinha, com seus dois filhos.

Dona Lotinha, nascida e criada no local, fala que o Cemitério do Peixe surgiu com a doação de terras por Antônio Francisco Pinto, Caniquinho. No local foi construído o cemitério e a capela de São Miguel Arcanjo.

A moradora conta que várias são as estórias a respeito da origem do nome do povoado. “Falam que soldados morreram com peixe estragado, outros falam que era um escravo que se chamava ‘Peixe’ e outros falam que o primeiro sepultado se chamava ‘Peixe’. Aí não sei explicar como que foi mesmo o nome de Peixe”, diz, dona Lotinha.

O povoado é banhado pelo Rio Paraúna, que de águas cristalinas, forma uma curva na parte baixa do vilarejo. E a Serra do Espinhaço que envolve a região, encanta os visitantes que por lá passam.

“Usávamos a água do Paraúna dentro de casa. Era um rio muito limpo e cheio de água, não tinha tanta poluição como tem agora. Hoje, usamos a água encanada que vem do Córrego que passa aqui”, informou a moradora sobre a situação atual do rio na região.

O povoado de Cemitério do Peixe insere-se no contexto da Unidade Territorial Estratégica (UTE) Rio Paraúna. Composta pelos municípios de Conceição do Mato Dentro, Congonhas do Norte, Datas, Gouveia, Monjolos, Presidente Juscelino, Presidente Kubitschek, Santana de Pirapama e Santo Hipólito. A Unidade ocupa uma área de 2,3 mil km² e detém uma população de aproximadamente 23 mil habitantes. O rio principal da UTE é o Paraúna, que com seus 150 quilômetros de extensão é considerado um dos mais importantes para a bacia e para a revitalização do Rio das Velhas

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Mais informações:

Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas
comunicacao@cbhvelhas.org.br

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