No próximo dia 24 de outubro, às 9h, o auditório do hotel Canoeiros em Pirapora (MG) vai sediar reunião do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), por meio de sua Câmara Consultiva Regional (CCR Alto SF), sobre prevenção de enchentes no Rio São Francisco. O encontro vai contar com a participação de representantes do Ministério Público, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Agência Nacional de Águas (ANA), Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), Associação de Municípios da Bacia do Médio São Francisco (AMMESF) e da Defesa Civil.
Mas porque discutirmos ações em prevenção de enchentes em plena escassez hídrica? O CBHSF é um órgão democrático e participativo, cujas ações são voltadas para preservação, uso racional e seguro das nossas águas. Nesse sentido, prevenir enchentes, devido ao período chuvoso que se aproxima, evita perdas históricas na capacidade retenção de água, prejuízos econômicos e, além de preservar vidas humanas. Outro fator importante é que as enchentes são provocadas não somente pelo aumento do volume de água, mas também e, principalmente, pela degradação ambiental e ocupação irregular do solo às margens do São Francisco, fato que pode acarretar sérios danos caso haja elevação do nível das águas. “Como as pessoas não conseguem enxergar a possibilidade de cheias no São Francisco, devido ao período de longa estiagem, começa a haver a ocupação do solo e falta às prefeituras esse trabalho de orientação”, reforça o presidente do CBHSF, Anivaldo Miranda.
Para a coordenadora do CCR Alto SF, Sílvia Freedman, “o planejamento e a prevenção são estratégias eficazes, já a mitigação das consequências é um paliativo, que não resolve. Precisamos atuar na causa do problema”, defende.
Municípios do Norte de Minas inseridos na bacia do São Francisco
Na ocasião da reunião, os municípios detectados por meio estudos da Defesa Civil nacional, como áreas passíveis de inundação, receberão orientações sobre ações para o enfrentamento das cheias e monitoramento e tomada de atitudes necessárias de forma ágil que permita amenizar o impacto das chuvas nas famílias residentes em áreas de risco no município.
A reunião é aberta ao público.