Foi apresentado na noite da última quinta-feira (6) o Diagnóstico do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) de Jequitibá. Com boa participação popular, a reunião – realizada na quadra de esportes e eventos do município – apresentou o diagnóstico que levantou os principais problemas relacionadas ao esgotamento sanitário, abastecimento de água, destinação dos resíduos sólidos e drenagem urbana. 

De acordo com Flávia Mendes, da Agência Peixe Vivo, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) indica possíveis cidades a serem aplicados os recursos para a elaboração do PMSB. “Os recursos financeiros são oriundos da cobrança pelo uso da água na bacia. A Agência Peixe Vivo gere esses recursos e sua aplicação. Foi feita licitação e a empresa Seletiva ganhou a concorrência para elaborar o Plano Municipal de Saneamento Básico. Além de Jequitibá, foram contemplados os municípios de Capim Branco, Confins, Esmeraldas, Lassance, Datas e Gouveia”, explica.

Segundo a engenheira Vera Vilela, coordenadora do Plano e da empresa Seletiva, os problemas diagnosticados em Jequitibá não são diferentes dos encontrados na maioria cidades Brasil afora. “Muitos municípios não contam com qualquer cadastro relacionado ao esgotamento sanitário e o abastecimento de água. A população foi muito importante no sentido de ajudar neste levantamento e no complemento de informações. Daí a importância das audiências públicas e visitas de campo”, considera. A primeira parte do PMSB, que contará com detalhamento do plano de ações e levantamento estimado dos custos do trabalho a ser executado, está prevista para ser entregue em novembro deste ano.

A secretária-adjunta da Diretoria do CBH Rio das Velhas, Poliana Valgas, ressaltou a importância da entidade e a parceria com os municípios. “Dificilmente cidades do porte de Jequitibá conseguiriam, exclusivamente com recursos próprios, elaborar seu Plano de Saneamento Básico. Através do CBH Rio das Velhas isso foi possível e o diagnóstico foi bem abrangente, contemplando também as demandas da zona rural através da percepção da comunidade. Vale frisar que, sem este Plano, o município fica inviabilizado de até mesmo pleitear recursos junto ao governo estadual ou federal”, explica Valgas.

Veja as fotos da audiência:

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O presidente do Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente – (Codema) de Jequitibá, Odilon Gomes, comentou parte dos problemas apontados no diagnóstico. “Avalio que um dos maiores desafios é a questão da gestão do lixo da cidade, bem como o esgotamento sanitário. Infelizmente há um excesso de empreendimentos sendo abertos, muitos deles irregulares, em toda a região que abrange o município. Isso gera lixo e esgoto, mas o Codema está atento. Com o plano concluído fica a expectativa de conseguirmos buscar mais recursos para lidar com os vários desafios que temos pela frente”, conclui.

O prefeito Humberto Reis comemorou a parceria com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas e considerou a apresentação do PMSB como um marco para a história do município. “Se não o fosse o apoio do comitê possivelmente o município, sozinho, não conseguiria fazer o Plano de Saneamento”. Reis também falou sobre a realidade do município. “O Brasil tem uma carência no que tange o saneamento básico. Em Jequitibá é um pouco diferente e mais difícil ainda porque contamos com 20 comunidades rurais, o que dificulta atingir com poucas ações um maior número de pessoas em um só local. O desafio principal é, além de cuidar da área urbana, chegar também na zona rural. O plano nos dará as diretrizes para os próximos 20 anos”, finalizou o prefeito.

 

Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
Texto: Celso Martinelli
Fotos:  Celso Martinelli

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