Um ano que somente faz sentido na cronologia da história da civilização humana, não na história da vida no planeta Terra, pois a vida não se mede em anos, mas em processos que a natureza conduz continuamente para manter a vida.

E como estamos modificando a natureza estamos brincando com a vida, inclusive com a nossa própria civilização. A escassez de água que atingiu a região Sudeste demonstrou as fragilidades ambientais e de gestão dos nossos rios. Assistimos a cena da seca da nascente do Rio São Francisco e, o Rio das Velhas atingir o seu nível mais crítico nos últimos 20 anos, assim como ver o seu leito coberto por um “tapete de aguapés”.

O nosso balanço de final de ano aponta para um balanço hídrico do rio incapaz de suportar todas as demandas, e se vê sufocado pelos lançamentos de efluentes não tratados.

Por outro lado, o CBH Rio das Velhas evoluiu , cresceu, desenvolveu ações importantes no campo da mobilização como o fortalecimento dos Subcomitês, a parceria com as prefeituras na elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico, na discussão política da crise hídrica e suas consequências, na definição do conflito pelo uso na região do Alto Rio das Velhas, no fortalecimento da comunicação e na consolidação dos projetos hidroambientais.

A Copasa avançou no tratamento dos esgotos, mas a Meta 2010-2014 ficou pelo caminho, por falta de determinação política. Ainda assim não mudaremos a determinação de persistir na meta de nadar na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ainda que tenhamos que reajustar os prazos.

Por fim quero agradecer o apoio de todos que acreditaram no trabalho do Comitê e a ele se dedicaram.  Somente poderemos nos considerar vencedores quando o Comitê for bem e o rio também.

Marcus Vinícius Polignano
Presidente CBH Rio das Velhas

 

Confira o vídeo destacando alguns momentos de 2014

 

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