Na manhã da última sexta-feira (24), representantes da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) apresentaram, em reunião do Grupo Gestor de Vazão do Alto Rio das Velhas (Convazão), estudo que prevê um mês de setembro com pouca água no Rio das Velhas no ponto que abastece mais de 50% da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), em Nova Lima. A chamada curva de recessão – estudo que estima as vazões futuras com base nos níveis médios e históricos – previu uma vazão na casa dos 10m³/s para o Velhas, portanto abaixo do Q7,10 – coeficiente adotado como referência para concessão das outorgas e também para definição da situação hídrica no Estado.
“O que a gente vê é que a perspectiva não é boa, que novamente será um ano difícil. Vamos precisar acompanhar de perto e ter que ter bastante atenção com o rio”, disse o superintendente de Meio Ambiente da Copasa e conselheiro do Comitê, Nelson Guimarães.
O estudo foi apresentado em reunião do Convazão que, além de representantes da companhia de saneamento, reúne membros da Cemig (Companhia Enérgica de Minas Gerais), IGAM (Instituto Mineiro de Gestão das Águas) e mineradoras AngloGold Ashanti e Vale. Liderado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), o Convazão articula ações conjuntas em prol da segurança hídrica da RMBH.
Ainda no encontro dessa sexta, o grupo retomou as discussões sobre a flexibilização da outorga da PCH (Pequena Central Hidrelétrica) Rio de Pedras – localizada em Acuruí, no município de Itabirito, cujo controle de exploração pertence à Cemig – de modo a permitir uma regra operativa que reserve água para ser usada nos momentos críticos de escassez. O pedido formal já foi enviado ao IGAM, que se demonstrou tecnicamente favorável à flexibilização e deverá aprovar a medida ainda nesta semana.
“É importante que se tenha agilidade na aprovação porque, a cada dia que se passa, a gente perde uma reserva importante de água num período crítico”, destacou Guimarães.
Veja as fotos da reunião:
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