O universo literário do escritor mineiro João Guimarães Rosa foi inspiração para a idealização da Casa de Cultura do Sertão. Os contos “Conversa de bois”, publicado no livro Sagarana (1946) e “O recado do morro”, que integra o livro Corpo de Baile (1956), foram a fonte criativa da casa.
O centro cultural ocupa um casarão tombado pelo patrimônio municipal e fica no caminho de acesso ao morro da Garça, principal referência na paisagem do município na Região Central de Minas Gerais.
A Casa de Cultura do Sertão expõe acervos relativos à cultura local, reúne pesquisadores e promove ações educativas e de difusão cultural sobre o universo do escritor Guimarães Rosa.
No espaço avarandado do centro cultural foi construída uma cozinha caipira, que funciona como átrio e elemento de conexão entre o casarão e o pavilhão técnico. Foi a partir do conhecimento do processo de construção de um carro de bois que se idealizou a estrutura de madeira que sustenta essa varanda.
O pavilhão técnico, de linguagem contemporânea, fica na parte inferior do terreno. O muro de contenção que o protege foi construído com tapiocanga, uma pedra local. Há também uma vendinha de produtos artesanais da comunidade.
A Casa de Cultura do Sertão recebe oficinas, encontros, espetáculos de música, malabarismo, rodas de conversa, feira de artesanato e apresentações performáticas de teatro. Com destaque na programação estão as contações de estórias, baseadas no universo de Guimarães Rosa, escritor que colocou Morro da Garça nos cenários de suas narrativas.
Veja as fotos:
“Lá estava o morro da Garça: solitário, escaleno e escuro, feito uma pirâmide”, João Guimarães Rosa sobre a exuberância da paisagem do município de Morro da Garça
Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Ohana Padilha
*Fotos: Michelle Parron e Lucas Nishimoto
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