O vilarejo de Barão de Guaicuí, situado a 33 km de Diamantina, sendo 9 km de terra, pertence ao município de Gouveia, na região do Médio Baixo Rio das Velhas, e pode ser considerado uma interessante opção de passeio, cheio de boas surpresas.

A primeira delas é o prédio da antiga estação ferroviária. O ramal de Diamantina, que alcançava esta cidade saindo da estação de Corinto, na linha do centro da EFCB, foi aberto entre os anos de 1910 e 1913 pela E. F. Vitória a Minas, que, depois, em 1923 o repassou à Central do Brasil. Ele funcionou até o início dos anos 1970, quando teve os trens de passageiros desativados. Oficialmente, o trecho somente foi suprimido pela Refesa em 1994, mas, segundo consta, os trilhos já teriam sido arrancados antes disso.

A estação de Barão de Guaicuí foi aberta em 1913, com o nome de Baraúna. O nome foi alterado pouco tempo mais tarde para homenagear o empreendedor da navegação no rio das Velhas, Josephino Vieira Machado, Barão de Guaicuhy, antigo político local. Poucos meses depois da estação terminal de Diamantina. A estação mudou de nome para Gouveia, localidade próxima, e voltou a se chamar Baraúna, para depois recuperar o nome de Barão de Guaicuí.

Barão do Guaicuí é um excelente lugar para descansar. Era uma vila ferroviária, que praticamente desapareceu após a saída do trem. Com cerca de 60 moradores, o lugar já teve dias de muito mais movimento, quando o trem circulava com passageiros e cargas e o povoado contava com cerca de 600 pessoas.

O belo prédio da estação continua no local e parece que o trem saiu de lá ontem. O horário do último trem ainda está gravado no quadro negro, acredite se quiser! A boa notícia é que o prédio da estação foi tombado pela prefeitura de Gouveia e aguarda recursos para sua restauração. Segundo a prefeitura, a intenção é transformar a estação em um Centro de Apoio ao Caminhante e também Centro Cultural, aproveitando tanto da beleza ímpar do lugar quanto do fato de estar no roteiro da Estrada Real.

Outro atrativo interessante é a Cachoeira do Barão, formada pelas águas do Capão, que percorrem trajetos entre pedras com uma queda d’água e duas laterais formando um poço.

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Barão de Guaicuí é aquele lugar que surge do nada. De repente, logo depois de mais uma curva na poeira, você está na vila. Não falta aquela dezena de casas antigas, algumas muito bem cuidadas, trilhas de grama, animais pastando e meninas e meninos batendo bola naquilo que um dia foi um campo de futebol. De todos os lugares se tem a visão da Serra do Leão, uma formação rochosa que lembra o felino deitado, pronto para dar o bote.

Outro atrativo é a centenária igrejinha Sagrado Coração de Jesus, construída em 1836 que tem aquele ar de presépio a céu aberto. Num dia de céu imaculadamente azul o quadro ganha aquela pincelada final.


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