Os membros da Câmara Técnica de Planejamento, Projetos e Controle (CTPC) do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) reuniram-se no dia 02 de dezembro, em Belo Horizonte, para a última reunião ordinária de 2019. Na pauta estavam discussões sobre o viveiro de mudas Langsdorff, a proposta do projeto em conjunto dos Subcomitês Arrudas e Onça para a recuperação de matas ciliares em leitos naturais nas bacias do Córrego Ressaca, na Vila Barroquinha e do Córrego Freitas, no Santa Terezinha, e o 9º Encontro de Subcomitês do CBH Rio das Velhas.

A reunião teve início com o alinhamento de novas estratégias para a distribuição das mudas produzidas no viveiro Langsdorff. Os membros da CTPC discutiram sobre possíveis parcerias com o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e com a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH)para a distribuição das mudas.

O coordenador da CTPC, Ronald Guerra, lembrou os membros da Câmara sobre a finalidade do convênio do Comitê para a produção de mudas. “O objetivo do CBH Rio das Velhas é que as mudas sejam utilizadas na recuperação de áreas degradadas, incluindo nascentes e matas ciliares, principalmente em áreas que visem a produção de água”, diz.

O gerente de projetos da Agência Peixe Vivo, Thiago Campos, falou sobre a dificuldade na distribuição das mudas. “Em 2019 tivemos uma baixa procura pela doação das mudas produzidas no viveiro Langsdorff. Por isso, achamos melhor reduzir a produção em 50% do teto estipulado que era de 90 mil mudas. Verificamos que o principal motivo para a baixa procura é o custo do transporte que na maioria das vezes é alto. Por isso, é importante definir estratégias de distribuição, visto que em 2020 serão produzidas 135 mil mudas e em 2021 mais 90 mil”, esclarece.

O viveiro Langsdorff está localizado no município de Taquaraçu de Minas e é uma parceria entre o CBH Rio das Velhas, Agência Peixe Vivo e ArcelorMittal Brasil. São mais de 60 espécies da Mata Atlântica, todas adaptadas ao nosso clima, altitude e pluviosidade, já que derivam de sementes coletadas na região. A meta é produzir anualmente 90 mil mudas de espécies florestais nativas da bacia do Rio das Velhas.

Sobre a proposta do projeto em conjunto dos Subcomitês Arrudas e Onça para a recuperação de matas ciliares em leitos naturais nas bacias do Córrego Ressaca, na Vila Barroquinha e do Córrego Freitas, no bairro Santa Terezinha, em Belo Horizonte foi definido que o projeto precisa de revisão.

O representante da Prefeitura de Belo Horizonte na CTPC, Humberto Martins, vai revisar o termo de referência do projeto e encaminhará o novo documento em fevereiro de 2020.

O projeto prevê a proteção e recomposição da vegetação das Áreas de Preservação Permanente (APP) ao longo das margens do corpo d’água de aproximadamente 33,6 mil m² no bairro Santa Terezinha, trecho do Córrego Freitas, afluente do Ribeirão Arrudas e de 13 mil m² na Vila Barroquinha, Córrego Ressaca, afluente da Lagoa da Pampulha.

Veja as fotos da reunião:

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9º Encontro de Subcomitês

Entre os dias 20 e 22 de novembro, 46 pessoas dentre membros dos Subcomitês, das Câmaras Técnicas, do CBH Rio das Velhas, equipe de mobilização e representantes da Agência Peixe Vivo, estiveram reunidos na comunidade de Mocambeiros, em Matozinhos, para o 9º Encontro de Subcomitês do CBH Rio das Velhas.

Em 2019, o Encontro teve o tema ‘Que rio queremos: qual Subcomitê queremos’ e o objetivo foi reunir os representantes das sub-bacias do Rio das Velhas para aprimorar os processos da gestão participativa, trocar experiências sobre os projetos hidroambientais e discutir ações que acontecem nos territórios da bacia hidrográfica.

Os assuntos debatidos no Encontro foram apresentados aos membros da CTPC.

Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto e fotos: Luiza Baggio

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