Quais os problemas ambientais de uma comunidade? O que ela gostaria que fosse feito para essa realidade mudar? É nessa perspectiva de ouvir a população para encontrar soluções efetivas de melhoria para a Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas que a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) está promovendo as Oficinas do Futuro, uma ação dentro do Programa Socioambiental de Proteção e Recuperação de Mananciais (Pró-Mananciais) que faz parte da agenda do ‘Revitaliza Rio das Velhas’.
Criado em 2017 com o objetivo de proteger e recuperar as microbacias hidrográficas e as áreas de recarga dos aquíferos dos mananciais utilizados para a captação de água pra abastecimento das cidades, o Pró-Mananciais tem em seu cardápio de ações as Oficinas do Futuro. A proposta das atividades é a construção colaborativa de um plano de ações, junto a população, os Subcomitês ou os chamados “Colmeias” (Coletivos Locais de Meio Ambiente), que vão de encontro aos anseios da população, que é a que convive cotidianamente com os problemas ambientais e que sabe apontar com mais exatidão os caminhos para promover reparações efetivas para a bacia.
Reunidos na Escola Municipal Padre Antônio Cândido na última sexta-feira (3), moradores de São Gonçalo do Bação, distrito de Itabirito, realizaram a sua Oficina do Futuro. Com a proposta de construírem o “Muro das Lamentações”, os participantes foram apontando os problemas ambientais que atualmente afetam a sub-bacia do Ribeirão Carioca. Cada morador escreveu no papel, que foi fixado no muro, se era o lixo, a falta de cercamento, o desmatamento, as péssimas condições das estradas ou qualquer outro fator que pudesse estar prejudicando na qualidade e a quantidade de água produzida no território.
Muro de lamentações reuniu problemas ambientais que afetam a sub-bacia do Ribeirão Carioca, em Itabirito. Crédito: Michelle Parron
Na sequência, a segunda etapa da oficina foi desenhar um futuro melhor através da “Árvore da Esperança”, momento em que cada um pôde escrever quais os tipos de melhorias a sub-bacia poderia receber para aumentar a oferta de água e, consequentemente, promover a preservação do meio ambiente.
“As Oficinas de Futuro têm três etapas. A primeira é o ‘Muro das Lamentações’ e a segunda é a ‘Árvore da Esperança’. É nesse momento que buscamos as informações. A gente junta o que está incomodando e o sonho de cada um. Com isso a gente tem um pré-diagnóstico que é somado com o diagnóstico que o próprio subcomitê tem, onde é possível fazer um pré-plano de ação. Depois voltamos novamente para a comunidade para realizar a terceira etapa que se chama ‘Caminho adiante'”, explica Maria Aparecida de Souza, analista de meio ambiente da Copasa.
Com o respaldo da população que participou das primeiras etapas da oficina, são projetadas as ações que serão realizadas e qual ator será responsável por cada intervenção, podendo ser ele a Copasa, a Prefeitura Municipal, um parceiro usuário de água, e assim por diante.
Veja as fotos da oficina:
Dentro do cronograma das Oficinas do Futuro, já foram realizadas as primeiras e segundas etapas em Rio Acima (24/04), Santo Antônio do Leite, distrito de Ouro Preto (26/04) e em São Gonçalo do Bação, distrito de Itabirito (03/04). A próxima acontecerá no dia 24 de maio em São Bartolomeu, distrito de Ouro Preto. Na terceira etapa já está confirmado a agenda para Santo Antônio do Leite no dia 17 de maio.
Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Michelle Parron
*Fotos: Michelle Parron
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